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terça-feira, 22 de junho de 2010

Na volta dos sonhos.

Estive vulnerável às ofensas que ela mudamente me dirigia. Eu via em seus olhos um ódio insano por mim: sentimento recíproco.
Ela teve a audácia de me aparecer em sonho, discutindo minha dignidade, caráter e forma de vida. Jogou amargamente em minha face o não-amor de sua cria por mim. "É por isso que o meu filho não gosta de você!" - no sonho eu lhe mostrava as costas, seguia. Mas na realidade, as palavras ecoavam em minha cabeça.
Na noite seguinte foi a vez dele me visitar os pensamentos sonâmbulos. As más companhias o tinham feito diferente: estúpido, arrogante, cheio de si e maleficamente sarcástico. Sentara à beira da janela do meu quarto e começara a destilar o mesmo veneno que sua genitora destilava. "Algum problema?" - Indaguei-o, com segurança e rispidez. Teve início a discussão. Eram palavra sujas, sem necessidade de serem proferidas.
Eu que há muitos meses não via a figura dele em meu sono, vi no que antes era sonho colorido, um negro pesadelo. Ele havia voltado diferente. Os sonhos sofreram metamorfose, perderam brilho, encanto, cor. Tudo me voltou às avessas, menos as lágrimas, que eram as mesmas.

Um comentário:

  1. "As más companhias o tinham feito diferente: estúpido, arrogante, cheio de si e maleficamente sarcástico."

    esqueceu do 'tarado'. hahahaha

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