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quinta-feira, 14 de julho de 2011

O que vem depois do fim?

Faço parte do grupo que levanta a bandeira de que amor não morre. Relacionamentos acabam, mas o amor não. Penso que a gente pode se enganar. Achar que ama e mais para frente ver que não era bem assim. Ou até amar mesmo, e as coisas mudarem. O amor não termina, mas se transforma. Se um dia amou alguém, você vai sentir algo por aquela pessoa pelo resto de sua vida... Ainda que seja desprezo ou ódio.
Mas o fato é que apaixonados, costumamos fazer apostas altas demais e na vida nem sempre se ganha. É bastante comum quebrarmos a cara. Quando sofremos, achamos que não existe no mundo dor maior que a nossa. Mas tem muita gente por aí sofrendo do mesmo mal. A única ceteza da vida, além da morte, é que pelo menos uma vez você vá sofrer por amor.
Uma pessoa quando está amando fala demais, acha que pode prever o futuro e que nunca vai se separar de quem ama. A verdade é que no fundo, nunca se sabe. A vida está em constante movimento e em qualquer esquina as coisas podem mudar de figura. E surpreendentemente, o final pode chegar um dia. O verbo "acabar", para ser empregado com plenitude, precisa passar por algumas fases. A primeira delas (e a mais difícil) é admitir que passou. Como se contradizer, se assumir um mentiroso? Como pôr fim em algo que possa ter envolvido promessas de eternidade? Aprenda: não é porque você quis e gritou aos sete ventos que seria para sempre, que vai ser assim. Desejos passam, palavras também. Amar é tão bom, faz tão bem, que muitas vezes teimamos em não deixar a pessoa amada ir, por puro apego. Quando é assim, por mais que adiemos o rompimento, uma hora ele chega. Apego, comodidade... Nada disso é suficiente para manter alguém ao nosso lado.
Quando o fim de um relacionamento chega, vivemos um verdadeiro luto, com suas respectivas etapas: raiva, negação, negociação, depressão e por fim, aceitação.
Entre mortos e feridos, de alguma forma, todos terminam se salvando. Ao contrário do que se pensa, quando se escreve uma história com alguém, faz-se isso usando lápis, não caneta. O tempo apaga, se assim quisermos... Pode demorar, mas ele tem esse poder. No entanto, se escrevemos com muita força, por mais que se apague, marcas hão de ficar no papel. E quanto a isso, o tempo nada pode fazer. Mas as marcas não precisam ser ruins. Não é porque acabou que precisamos olhar com desprezo para o nosso passado. Afinal, tudo termina por contribuir na construção de quem somos. E depois do fim... Bom, sempre existe um novo começo.




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2 comentários:

  1. Esse foi pra mim, Nah. Que liindo. *-*

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  2. Ficou lindo o texto, é o que anda acontecendo comigo! O fim, sempre o inexplicavel fim! ;)

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