
Tem gente que espera um frio na barriga para dizer que ama. Confesso que já fui dessas, mas a vida me ensinou diferente. O amor é sóbrio e grandioso demais para se manifestar somente em sensações tipicamente jovens e desesperadas.
E quando é que sabemos ser amor? Quando nos faz bem, quando preserva nosso amor-próprio, quando nos dá escolhas, quando nos arranca sorrisos nas pequenas coisas, quando briga mas perdoa, quando proteje, quando acolhe, quando se multiplica só para poder continuar dividindo.
É comum cairmos no erro de achar que amor é quando não se pode viver sem a pessoa. Isso é muito bonito nos livros, nos filmes, nas novelas e nas canções. A realidade funciona de uma outra forma: duas vidas não têm como ser interdependentes. Nós sabemos que amamos quando a presença daquela pessoal é totalmente dispensável, quando somos capazes de viver sem ela. Sem ela, continuaremos vivendo, e sabemos bem disso. E assim, poderíamos mandá-la para longe, mas não mandamos porque não queremos.
O amor é mais racional do que se pensa, e não faz de nós seres nulos, sem vontade própria. É na vontade consciente de querer alguém por perto que o amor se manifesta. Só sabemos amar alguém, quando antes aprendemos a nos amar. Essa coisa avassaladora demais, que nos arrebata e nos prende a uma pessoa é qualquer coisa que não amor. É que amor não aprisiona, não. Amor liberta. Ele nos deixa livres para, do nosso próprio querer, unirmo-nos a quem quer que seja. Amor de verdade não faz mal, e por isso na prática, "morrer de amor" não existe. O que existe é viver dele.
• Agradecimentos a @isappg_, por uma conversa produtiva na madrugada.
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Ounnnn *-* ! Lindo...lindoo..lindooooo! PALMAS PALMAS (Plaf! Plaf!)
ResponderExcluirBeijos, Isa.