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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Toque da alma


O que ela mais queria, era que outro lhe tocasse a alma. Lhe tocasse de uma forma com que ela pudesse esquecer o mal que lhe haviam feito. Suas feridas tinham cura, ela sabia. Mas quem seria capaz de ser seu médico, curandeiro, ou o que fosse... Quem a suturaria?
E aquela foi a primeira noite em que sonhara com ele: aquele que era seu fio de esperança de apaixonar-se por alguém que não lhe despedaçasse o coração. No sonho eram enfim, próximos, felizes. Quase apaixonados. Faltava bem pouco para ser a história e não mais uma. Ela estava cansada demais de não ser correspondida e só o que poderia mudar sua visão sobre o amor seria a história, que marcaria sua vida para sempre. Não poderia ser só mais uma: se assim fosse, seria fatal. Ela morreria de exaustão e desistiria de amar de uma vez por todas!
A mulher que ela se tornara conservava a fé da menina que um dia fora... Suplicava ao seu coração para se apaixonar. Precisava muito disso. O coração, à moda antiga e moleque como era, lhe pregava a peça de não ceder e mantê-la mergulhada no sofrido amor de outrora.

Mas ela não ia desistir. Precisava de uma nova história... Que fosse única, por lher tocar a alma. Que lhe tocasse a alma, por ser única. Deus, que alguém a toque. Que ele a toque antes que seja tarde demais para ela.

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