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sábado, 16 de abril de 2011

Amor na íntegra


E no final das contas, era mesmo carinho. Um carinho enorme, diga-se de passagem. Ele não a olhava com um sentimento lascivo qualquer... Ele dirigia a ela olhares de ternura. E isso vale um bocado.
Ela que tinha um sério problema com sua auto-estima, entristeceu-se um pouco quando os sentimentos dele se tornaram mais claros. Ora, ela queria mesmo é ser desejada ardentemente, de um jeito voluptuoso e pecaminoso aos montes. Corava em frente ao espelho quando se surpreendia com pensamentos dessa natureza. Mas é que ela acreditava que ser desejada era a única forma de não se sentir uma aberração.
Mas e quem foi que disse que carinho não é uma forma de desejar também? Ela era tolinha e demorou para cair em si... Mas as coisas podem funcionar de um jeito muito mais bonitinho se a gente mudar de ângulo. Com ela, ele sabia que não era só mais uma pegação. Com ela, ele podia exercer sua verdadeira pesonalidade: ser ele mesmo sem medo nenhum. O prazer que ele sentia era em estar com ela, e não no sexo. Com ela, ele queria estar junto, viver junto, queria protegê-la do mundo inteiro, se possível. Ela era a maior preciosidade que ele tinha. Isso nada tinha a ver com prevaricos, e era justamente isso que fazia da história deles, algo especial de fato.
Não existe nada mais belo do que um homem dedicar-se a uma mulher sobretudo pelo que vê dentro dela. A forma mais correta de apaixonar-se é se encantar com o interior da pessoa primeiro, para depois vir aquela paixão avassaladora e aquele desejo todo como consequência. Quando ela perceber que um beijo verdadeiramente carinhoso na testa vale mais que uns amassos, vai ser capaz de reconhecer que a vida lhe deu a mais sublime das coisas: um amor de verdade, puro, na íntegra... Coisa que não se encontra facilmente por aí.

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