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sábado, 21 de dezembro de 2013

Altruísta? Egoísta!


Queria conseguir mensurar o quão idiota eu me torno, ao colocar seu nome diariamente nas minhas preces noturnas. Ou melhor, não queria, não. Acho que que eu teria muita vergonha de mim, ficaria constrangida na minha própria presença. É muita falta de bom senso.
Pelo amor de Deus, onde já se viu? Eu, colecionadora de fragilidades, portando todo esse instinto protetor? É dose, mas não sei amar de outro jeito. E estando você fora do alcance dos meus cuidados, eu rezo. Converso com seu anjo da guarda, bato altos papos com ele de madrugada, como se tivesse esse direito. O meu anjo fica até com ciúme, mas é que acho mesmo o diálogo com o seu guardião mais divertido. Porque tem você no meio. Porque envolve a forma como você ri, dorme, acorda e vive. E você é bem melhor do que eu. Eu não tenho graça nenhuma, e meu anjo só sabe falar de mim.
Todas as noites, ao encostar a cabeça no travesseiro, me imagino abraçando seu anjo bem apertado, chovendo no molhado e dizendo para ele cuidar de você, como se a existência dele tivesse alguma outra razão que não essa. Velar toda a sua vida, ficar à espreita de todos os seus pensamentos, movimentos, sentimentos e decisões. Eu invejo tanto o seu anjo... Que minha reza chega a quase ser pecado. Que meu amor, em forma de oração, beira o egoismo. 

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