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domingo, 21 de novembro de 2010

Avesso


A minha vontade era subir
Ir lá onde não devia ir
E com minhas próprias mãos
Lhe arrancar da face
O jeito cínico de sorrir

Essa pose de bom moço
Esse ar de bom rapaz
Na verdade, tu és outro
Que já não me engana mais

Nesse beco sem saída
Fui jogada à aflição
Maldito amor, sem medida!
Esfacelou-me o coração

E ainda vem você
Fazer papel de bom sujeito
Será mesmo que não vê
Que esse papel não surte efeito?

Mas essa raiva violenta
É porque fui ao amor entregue
E ainda amo, mesmo que negue
Mas é que agora pago um preço:
Depois da dor, que outro jeito
Se não amar-te pelo avesso?

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