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quinta-feira, 31 de março de 2011

Doce, inocente e ácida... Vingança.


Já ouvi falar em se vencer um inimigo pela gentileza, esse tipo de coisas. Mas naquela época de minha vida (que eu julgava ser tão feliz), eu pretendia vencer alguém que eu amava muito, sendo gentil.
A verdade é que ele nunca me dera a mínima: eu alimentava esperanças baseada em "sinais" pra lá de ridículos, que hoje percebo que não eram nada... Nada além de coisas normais do dia-a-dia, cobertos por uma fantasia idiota de uma adolescente apaixonada. É, às vezes acho que sou meio ríspida comigo mesma com relação ao meu passado. Mas tenha dó... Francamente! Fui capaz de cada desatino, que não gosto nem de lembrar... Ou gosto. Nem sei.
O fato é que quanto mais ele me desprezava, desdenhava, humilhava, pisava e cospia, mais apaixonada eu ficava. Era uma veneração sem limites. Eu pensava que enquanto ele me fazia mal, se eu permanecesse de pé, firme e forte, e principalmente, o amando sem impor condições, ele veria isso como algo especial... E se apaixonaria por mim. Balela! Fui tola até não mais poder...
E o interessante é que depois de tanto me machucar, ele pareceu esperar que eu simplesmente continuasse bancando a tonta, agindo com naturalidade, como se nada tivesse acontecido. Mas acontece que eu cansei. E demorei bastante para chegar à exaustão, diga-se de passagem. Lutei por ele até quando não mais podia... E rezei por ele todas as noites, como uma forma de lhe velar o sono à distância.
Mas aí quando ele mendigava um "boa noite", eu parei e ri na cara dele, lhe olhando nos olhos. Foi uma inebriante sensação de prazer que vivi. E ainda estou vivendo. A minha ingenuidade naquela época em que me encontrava tão devotada, era doce... Mas agora digo com toda certeza: minha vingaça é muito mais saborosa. É doce e ácida ao mesmo tempo. Inocente, sarcástica, pura, picante também. E estou só começando... Vou tentar ser ainda mais cruel do que ele foi comigo. Sabe como é, tenho que cobrar os juros.

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