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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Por esse momento eu sempre esperei


É novidade isso tudo. É inédito que eu corresponda. É inédito que seja correspondida. A hora certa parece ter chegado, absoluta e imponente, como o badalar de um relógio antigo, avisando que um novo dia começou. Um novo tempo. É estranho e lindo que estejamos os dois vivendo isso.
Para mim, a primeira vez que tem corpo junto do amor. Para ele, a primeira vez que tem amor junto do corpo. São primeiras vezes de ângulos diferentes, mas são sinceras. Despidas de culpas, medos, e principalmente mágoas antigas. Nada importa muito, quando é o sentimento que não importa pouco. A gravidade se torna só um detalhe banal perto da enormidade daquele tufão de paixão dentro do peito. 
E tudo que me acontece eu quero contar pra ele. E o que não me acontece, eu quero contar também. Como se eu sentisse que nenhuma outra pessoa no mundo me entende tanto, me acolhe tanto, e muito menos me protege tanto assim. Nos braços dele está a segurança que eu busquei, sem encontrar em lugar nenhum.
Nos entendemos, nos acolhemos. E escolhemos um ao outro para sermos assim, um para o outro. Nem nos meus melhores sonhos, viver tinha um gosto tão bom assim. É uma mistura de todos os sabores agradáveis ao paladar, só que na alma. Estou leve. Estou feliz. Depois de tanto murro em ponta de faca, posso dizer que consegui fazer do meu coração um cantinho quente, limpo e perfumado, para o amor morar.
E ainda tem a parte das delícias auditivas: a trilha sonora. Ondas que invadem os ouvidos, vibram por todo o corpo e trazem sorrisos bobos aos lábios. É inebriante cantar - e ouvir! - uma música de amor colocando toda a sua verdade nela. "Andar de mãos dadas na beira da praia, por esse momento eu sempre esperei". Ah, Caetano, como eu quis ver chegar o dia em que ia cantar essa sua canção com gosto e fé. Eles chegaram, enfim. O dia e o meu amor.

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