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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pretérito II

É um encaixe, uma meta
Uma escolha tão incerta
Do não-amor, o frio, a paz
Ausência de dor, rompendo os ais

De tanto querer bem-querer
Sofrida a vida se fez
Quisera mal-querer, esquecer
Sepultar o amor de vez

E aí veio a auto-suficiência
Facilidade em deixar pra lá
Tecendo uma nova existência
Navegando num novo mar

Falso fácil fez-se, então
No novo mar a tormenta
Vai entender, coração
Esse mistério que te alimenta

Diz-se não-esquecimento
Aponta-me a falta de mérito
Pise em meu meu sofrimento
Deixe-me em paz, ó, pretérito

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