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segunda-feira, 1 de março de 2010

Faltava-me a metade.

Eu havia perdido a minha metade na noite anterior. Assim que dei por sua falta, preocupei-me: o que significaria tal perda? Por fim, fui esquecendo, deixando de dar importância.
Questionei-me. Foi tanto tempo aqui, não terá sido suficiente? É hora de desistir? É hora de esquecer? É hora de seguir em frente sem? Depois de três anos, coisas demais passam em nossas cabeças e a incondicionalidade do amor passa a ser testada. É fácil dizer que vai ser pra sempre na fase da paixão, quando tudo se resume em flores. Difícil é sobreviver em meio aos espinhos por tanto tempo. Uma hora, você simplesmente se cansa das feridas de sempre. É difícil ter dentro de si um amor maduro suficiente, para resistir às dores, para não desistir. Porque se há desistência, é atestado de ausência de amor.
Estava reflexiva ainda, quando alguém me tocou os ombros: "Sei que isto pertence a você, toma!". Era a minha outra metade, perdida pelo chão 24 horas antes. Ela voltou para mim. E o amor, com toda a sua incondicionalidade, apenas havia cochilado dentro do meu coração. Nunca havia partido. Adormecera, mas agora despertara. Sim, eu amo.

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