Marcadores

domingo, 23 de maio de 2010

E foi preciso voltar.

Foi necessário voltar ao lugar onde tudo teve seu início. Foi preciso voltar lá, ver, ouvir, sentir e lembrar. Perceber que nem tudo foi em vão, sentir que um dia eu fui quase feliz com minha tal realidade, que mais adiante frustrou-se.
Eu precisei estar lá para observar as lembranças. Eu precisei confrontar minha memória. Eu precisei estar lá, para com a mente, reviver cada segundo, num segundo só.
E foi num único segundo que a verdade me ocorreu. Ah, a verdade... Sinto-me alheia a ela diversas vezes. Como se ela me virasse as costas, ou eu desviasse dela meu olhar.
E naquele ínfimo segundo, eis que ela se apresentava em minha frente: nua, crua... Verdade verdadeira! Foi através dela que soube que não havia remédio, cura. Quando mais me sinto encontrada, estou perdida. Quando penso já não me importar, me importo como nunca.

Um comentário:

  1. Faz-me lembrar do velho Nietszche: "A inimiga da verdade não é a menitira, mas o excesso de convicção."
    Belíssima poesia, menina.
    Mirgon

    ResponderExcluir