
Eu precisei estar lá para observar as lembranças. Eu precisei confrontar minha memória. Eu precisei estar lá, para com a mente, reviver cada segundo, num segundo só.
E foi num único segundo que a verdade me ocorreu. Ah, a verdade... Sinto-me alheia a ela diversas vezes. Como se ela me virasse as costas, ou eu desviasse dela meu olhar.
E naquele ínfimo segundo, eis que ela se apresentava em minha frente: nua, crua... Verdade verdadeira! Foi através dela que soube que não havia remédio, cura. Quando mais me sinto encontrada, estou perdida. Quando penso já não me importar, me importo como nunca.
Faz-me lembrar do velho Nietszche: "A inimiga da verdade não é a menitira, mas o excesso de convicção."
ResponderExcluirBelíssima poesia, menina.
Mirgon