
Ficar remoendo a memória de um sentimento que (na teoria) nem existe mais não é legal. Aliás, cheguei a uma conclusão a respeito da existência do meu sentimento (sim, meu, só meu. Amor que senti sozinha). Dizem que amor não morre, não acaba nunca se for verdadeiro. O meu é amor de verdade, não tenho dúvida nenhuma. Ele só não é forte como antes. Mas por ser verdadeiro, não pode ter morrido. Acho que ele está num estado de morte cerebral. Coração bate, sangue corre nas veias, ar circula nos pulmões. Com ajuda de aparelhos, a vida ainda se faz. Ele está vivo, mas não está ativo. Sua crueldade deixou o meu amor condenado a um eterno estado terminal: não pode nunca mais ter aquele vigor, mas também não pode morrer de vez, porque é verdadeiro. E amor de verdade não acaba nunca.
E então eu fico aqui, como que debruçada na cabeceira de uma cama de hospital, velando o sono eterno de um amor fraco, pálido e doente; que nunca vai voltar a ser o que era, e também nunca vai morrer, provando sua veracidade. Me encontro presa com um passado que não foi escrito, porque você não o quis escrever. E tenho comigo folhas em branco, sem poder escrever meu futuro, porque minha caneta ficou em suas mãos. Não ato nem desato: parei no tempo... Você me parou.
Que lindo, Nah!!! Emocionei!
ResponderExcluirNossa... esse texto me parou Nah! Super identifiquei com uma fase que vivi...
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