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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

De não poder tocar.


Não. Não os tiraria do gancho, esbanjando desonestidade e mentira. Só poderia torcer que não me ligassem. Pensei em ligar antes, acabar com a angústia. Mas não sabia até que ponto valeria a pena. Só queria que tivesse dado certo, que acabasse logo. Desejava que o telefone não tocasse. Desesperadamente, eu desejava.
Não, eu não receberia um telefonema naquele dia. Não naquele dia, em que estava sufocada pelas sensações que provinham da minha ansiedade. Tinha que ter dado certo, eu tinha que ter vencido. Estava cansada demais para ser derrubada por uma derrota. Estava em cólicas. Tinha vontade de gritar. Tinha que acabar logo. Eu precisava que acabasse logo. Não aguentava mais.

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