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domingo, 17 de janeiro de 2010

Sonhos.



Sonhar... Momento tão prazeroso até o instante em que abrimos os olhos, acordamos. Sentimos raiva de termos acordado, gostariamos de poder permanecer no sonho. Talvez para sempre.
Erro! Esquecemo-nos o quanto acordar é uma dádiva. Não devemos jamais sentirmo-nos tristes por termos acordado. "Mas o sonho... Era tão real!". "Se eu não tivesse acordado, continuaria a sonhar...". Acordamos sempre na hora certa. Antes que os sonho tenham tempo de se tornarem pesadelos. No auge de tudo, no auge do amor, dos risos, das vitórias. E então percebemos que era só um sonho. A vontade de voltar a dormir, de rever as mesmas cenas nos toma violentamente.
Constantemente eu sonho. Não preciso estar dormindo para sonhar. Sou movida pelos sonhos, pelas vontades. Entrego-me como alguém que mergulha num rio sem saber a sua profundidade. Quando estou, enfim, submersa pelos sonhos, envolvida pelas suas águas, sei a profundidade que têm. E é então que eles ganham um valor inigualável para mim.
Sonhos impossíveis existem? Não sei... É um paradoxo pensar nisso enquanto vivemos cercados de pequenos presentes perfeitos, de pequenos milagres aparentemente impossíveis, delicadamente esculpidos pelas mãos de Deus.
Não importa o tamanho do seu sonho. Sonhe. Acorde. Permita-se permanecer acordado e contemplar a beleza daquilo que almeja. Corra, persiga uma estrela, um cometa, um raio de luz. Na virada do arco-íris pode estar seu sonho, talvez. Não importa onde ele esteja, acredite que pode alcançá-lo. Quando finalmente chegar, abrace-o. E sinta a grandiosidade e a beleza de algo que se concretiza no infinitesimal.

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