Marcadores

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Vega.

Apenas aceite-o. Aceite e toque-o. Toque nele como se tocasse em mim. Acaricie suas cordas como se fossem meus cabelos. Abrace-o como se me abraçasse pela cintura. Eu poderei sentir. Juro que sim.
Precise dele desesperadamente como preciso eu de ti. Aceite a ele como uma estrela aceita o céu: mergulhando, entregando-se. Brilhando. Aceite-o e brilhe nele. E que o brilho nunca se apague, que permaneça. E então ele será como a lua, que reflete a luz do sol. Ele refletirá a tua luz, e ela permanecerá comigo, ainda que enfraquecida, por ser só reflexo. Será teu brilho, ainda assim. Será mais uma das migalhas de tua existência que deixas cair ao chão, e que eu, com minha insanidade de amar, recolho, faço de tesouro em meus castelos escondidos.
Conceda-o tal honra. Dê-lhe juz ao seu próprio nome: Vega. Estrela. E deixe que através dele, a tua luz brilhe em minha vida.
Dá-me teu reflexo, já que me recusas teu brilho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário