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sábado, 24 de abril de 2010

Amor... Dor.


Tinha o pensamento vazio, quando li um poema de Wlliam Shakespeare:
"Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto."
Me identifiquei imensamente com os versos, que pareciam falar por mim. Logo eu, que sempre fui tão julgada pelo simples fato de amar. As pessoas pensam que o amor se resume em flores, e eu pergunto: e os espinhos? As flores mais belas, sempre têm espinhos. Nem tudo é somente belo, nem tudo é somente fácil. É também como já diz a rosa, de "O Pequeno Príncipe": "Eu terei de suportar duas ou três larvas, se quiser ver as borboletas". Dor é um processo normal quando se ama. Falta de dor é que é questionável.
Quando senti dor, também lucrei algo: cresci, amadureci, amei. Não me culpo por tanto ter amado, não acho que agi mal. Se você diz que ama, mas esse amor nunca lhe doeu... Você sim é que tem algo a repensar. Não eu, que vivo um amor doído. Quanto mais dor, mais amor.

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