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domingo, 18 de abril de 2010

Foi o teu olhar.



Não imagino porque seja assim, mas sempre é. É sempre assim e não muda. Como diz na canção: "posso respirar você, posso te enxergar no escuro". Um escuro não tão assim, sombrio. Um escuro onde não vejo os demais, mas vejo você. E em você, a luz que só eu enxergo.
Você também pode me ver, sei que pode. Mas na ilusória sensação de olhares trocados, sou eu que me perco. O que dizem eles, os olhares? O que representam, afinal? Desdém, angústia, ciúme, desejo? Não sei, e isso me dá um sentimento de derrota.
O que sinto por vezes é bom. Sonho em dar passos, estender braços, dar abraços. Dançar como nunca, com Ninguém. Mas se é tão bom o pensamento, torna-se às vezes irritante: quero odiar, quero matá-lo. Quero morrer na parte de mim que te chama, mas não consigo. Culpa.
E sei que vejo nos teus olhos o que ninguém mais vê. E sonho nos teus olhos, adormeço, faço deles temporária moradia. Como quisera ser pra sempre!
Por que me olhas assim? Julgo que não tenho eu valor para ti, mas por que me olhas? Me alimentas, mas não devias. Não faz sentido, se não me queres. O que estão dizendo teus olhos? Não posso ouvir... O que significam os teus olhos, que me encantaram?

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