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terça-feira, 20 de abril de 2010

Pena.


A pena nada mais é do que um sentimento medíocre. Odeio quando as pessoas têm "dó" de mim. Odeio quando me tratam como uma pobre coitada, derrotada: "Mas você ainda pode ser feliz!". Alguma vez eu disse que não era? Lágrimas não são sinônimo de tristeza pérpetua: ai daquele que vive sem chorar, porque nunca terá lavado a alma.
O pranto cessa, lágrimas secam. O riso sempre ressurge. O fato de eu ter chorado ontem, não é uma sentença de morte. Muito menos algo que me condene a chorar no presente, ou no futuro. Mas também não é garantia de não chorar. Sim, se chorei antes de ontem, posso ter chorado ontem. Posso chorar hoje e ainda amanhã e depois. Posso chorar dias, semanas. Mas também vou sorrir por tempos.
Há uma variação natural na expressão das pessoas. Gente que é gente, chora SIM! E gente que é gente sabe que choro edifica, rega as sementes plantadas em nós, pra que elas possam dar frutos! E cedo ou tarde, o riso vem. Se eu chorar agora, o que me impede de sorrir dentro de um segundo? Nada me impede.
Não tenha pena de mim. Desprezo esse sentimento. Se hoje eu chorar, terei um motivo que eu mesma abracei. E quem sabe eu ainda vá sorrir, por esse mesmo motivo. Se risos nunca foram garantia de felicidade, as lágrimas também não garantem a tristeza. Há uma pequena, e no entando ENORME diferença entre SER e ESTAR triste. Eu nunca sou, sempre ESTOU, quando houver de estar.

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