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terça-feira, 13 de abril de 2010

O jogo.

Não me dê falsas esperanças, eu não sei jogar o seu jogo. Não olhe pra mim, fingindo que me vê: você vê um espelho. Se enxerga em mim, certo de ser a base da minha existência.
Não tente agora ser civilizado, para amahã me virar a cara. Não quero sua gentileza momentânea, sua crise de cavalheirismo. Sua inconstância me constrage e confunde.
Não levante a bandeira branca, pra depois de cinco minutos rasgá-la, e atirar com um canhão, risos, me tendo por alvo. Não são risos para mim, são risos de mim. E isso me leva à nocaute nos primeiros instantes de batalha.
Não me peça um aperto de mão: eu não o darei enquanto não tiver a certeza de que a trégua é pra sempre.
Tantos anos diante deste tabuleiro, e a cada segundo me convenço mais de que não. Eu não entendo você, eu não sei jogar o seu jogo.

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